Geralmente, pessoas deprimidas sentem falta de energia e de sentido em estar vivendo. Eu tento ajudar a organizar um pouco pois, quando você chega a buscar tratamento é porque pode estar um pouco perdido, não sabe direito como viver. Há muitos estigmas, que depressão é frescura, falta do que fazer etc. Por causa deles, algumas pessoas chegam a sentir vergonha de seu problema. Mas ela é igual a todos nós, afinal, não é porque está deprimida que tem um funcionamento diferente.
Para percorrer o caminho de como a pessoa chegou nesse sofrimento, eu não trabalho somente com o que ela diz conscientemente, mas nas manifestações inconscientes, como atos falhos, sonhos etc. Detalhes que podemos deixar passar porque achamos sem importância. Geralmente, a pessoa com depressão começa achando que seu problema é pequeno, que vai passar, que é só uma tristeza, e isso vai aumentando até um momento que aquilo fica alarmante.
Eu tento ajudar a pessoa a perceber que ela tem o tempo próprio dela e que é possível se sentir deprimida mesmo reconhecendo que a vida não está necessariamente ruim nos campos profissional ou pessoal.
Esse desajuste com a lógica cartesiana leva ao ponto em que não se vê motivos para sair de casa e ser produtivo. A gente pode pensar “Ah, se eu estou bem, tenho onde morar, tenho que estar bem”, mas não é assim. Por isso, é importante deixar essa lógica sequencial e buscar uma lógica própria, a língua que está sendo falada.
A cobrança excessiva só retroalimenta o humor deprimido, esse estado em que a pessoa sente que a vida perde a cor. Eu vejo o deprimido muitas vezes sentindo que não se encaixa, com dificuldade de organizar o pensamento e enxergá-lo, até com vergonha de falar em voz alta. Minha prática tem muito a ver com construir um local no qual você se sinta confortável e acolhido. Nem sempre é tão confortável, porque você vai ter que lidar com questões pessoais, e isso é incômodo. Mas que pelo menos você esteja disposto a percorrer seu caminho com coragem e ao lado de outra pessoa por um monte de conceitos e achismos que temos dentro de nós para, assim, encontrar uma maneira de viver que faça mais sentido, já que receitas de fora não funcionam.
Geralmente, pessoas deprimidas sentem falta de energia e de sentido em estar vivendo. Eu tento ajudar a organizar um pouco pois, quando você chega a buscar tratamento é porque pode estar um pouco perdido, não sabe direito como viver. Há muitos estigmas, que depressão é frescura, falta do que fazer etc. Por causa deles, algumas pessoas chegam a sentir vergonha de seu problema. Mas ela é igual a todos nós, afinal, não é porque está deprimida que tem um funcionamento diferente.
Para percorrer o caminho de como a pessoa chegou nesse sofrimento, eu não trabalho somente com o que ela diz conscientemente, mas nas manifestações inconscientes, como atos falhos, sonhos etc. Detalhes que podemos deixar passar porque achamos sem importância. Geralmente, a pessoa com depressão começa achando que seu problema é pequeno, que vai passar, que é só uma tristeza, e isso vai aumentando até um momento que aquilo fica alarmante.
Eu tento ajudar a pessoa a perceber que ela tem o tempo próprio dela e que é possível se sentir deprimida mesmo reconhecendo que a vida não está necessariamente ruim nos campos profissional ou pessoal.
Esse desajuste com a lógica cartesiana leva ao ponto em que não se vê motivos para sair de casa e ser produtivo. A gente pode pensar “Ah, se eu estou bem, tenho onde morar, tenho que estar bem”, mas não é assim. Por isso, é importante deixar essa lógica sequencial e buscar uma lógica própria, a língua que está sendo falada.
A cobrança excessiva só retroalimenta o humor deprimido, esse estado em que a pessoa sente que a vida perde a cor. Eu vejo o deprimido muitas vezes sentindo que não se encaixa, com dificuldade de organizar o pensamento e enxergá-lo, até com vergonha de falar em voz alta. Minha prática tem muito a ver com construir um local no qual você se sinta confortável e acolhido. Nem sempre é tão confortável, porque você vai ter que lidar com questões pessoais, e isso é incômodo. Mas que pelo menos você esteja disposto a percorrer seu caminho com coragem e ao lado de outra pessoa por um monte de conceitos e achismos que temos dentro de nós para, assim, encontrar uma maneira de viver que faça mais sentido, já que receitas de fora não funcionam.